Criar um aroma novo para a Olie é um processo quase como escrever uma história: começa com uma ideia, passa por muitos ajustes e só termina quando o "cheiro certo" preenche o ar, contando exatamente a história que eu queria.

O primeiro passo não é escolher uma essência, e sim um sentimento. Penso: o que eu quero que essa vela desperte em quem acender? Pode ser a sensação de um abraço, uma tarde de sol, a memória de uma viagem, o frescor de um banho demorado ou o acolhimento de um fim de tarde.

Com essa ideia clara, entro em contato com os fornecedores de essências. Compartilho com eles as emoções que quero traduzir e algumas ideias iniciais de notas olfativas que combinariam com essa sensação. Próximo passo é o recebimento das amostras: possibilidades de aromas que podem ou não contar essa história do jeito que imaginei.

Aí começam os testes. Faço velas de teste com cada amostra. E o verdadeiro trabalho acontece fora do ateliê: queimo cada vela em diferentes espaços, observo como a fragrância se comporta, avalio a intensidade, o tempo de projeção, a fidelidade ao que eu havia sonhado. Levo algumas para casa, deixo que os familiares também sintam e opinem. Escuto todas as percepções.

Com o tempo, aprendi a perceber o momento certo. Eu sei que o aroma está pronto quando acendo a vela e o perfume preenche o ambiente com força, equilíbrio e verdade — aquela "explosão" que encanta logo nos primeiros minutos de queima.

Daí vem a escolha do tema, da coleção, da época certa para apresentar essa nova história em forma de vela.

Por trás de cada frasco, existe muito teste, estudo e, principalmente, muita intenção. Porque para mim, criar um aroma não é apenas misturar essências. É transformar memórias, sensações e pequenos momentos em algo que possa perfumar sua casa e sua vida.

Me conta qual vela da Olie mais te conecta com uma sensação ou memória?